domingo, 3 de março de 2013


              Historia dos Papangus                                                                                                                          
Os papangus do carnaval de Bezerros, cidade do agreste de Pernambuco (107 quilômetros do Recife) são uma tradição centenária.
                                                                                            
      Imagem dos PAPANGUS de bezerros em 1974!                                
                                                                                        
Segundo o professor Ronaldo J. Souto  Maior, fundador do Instituto de Estudos Históricos, Arte e Folclore dos Bezerros, a  origem dos Papangus de Bezerros data de 1881: “o papa-angu nasceu de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados, mal vestidos, para visitar amigos nas festas de entrudo – antigo carnaval do século dezenove –, e comiam angu, comida típica do Nordeste (agreste) pernambucano. Por isso, as crianças passaram a chamar os mascarados de papa-angu”*.

Há versões populares sobre a origem desses personagens no carnaval de Bezerros. Uma, vem de uma história muito antiga: dois irmãos que comiam muito angu resolveram cortar as pernas das calças e cobrir o rosto com capuz para não serem reconhecidos, mas o disfarce não funcionou. Foram descobertos pela gula. Outra, é que, no século 19, os mascarados ganharam esse nome depois que uma senhora resolveu preparar angu de xerém para alimentá-los.
 A Folia do Papangu de Bezerros registra três fases importantes na sua história, conhecidas como Papangu Antigo, Papangu Moderno
e Papangu Estilizado. 

Os primeiros papangus de Bezerros que se tem notícia eram chamados de Papangus Pobres porque trajavam roupas velhas, rasgadas com remendos, meias nas mãos e máscaras rústicas confeccionadas com papel jornal e goma.          
Com o tempo, a brincadeira foi mudando e a partir dos anos 60, as roupas velhas foram substituídas por caftas - batas longas, estampadas com cores luminosas. A partir de 1990, com o incentivo da Prefeitura Municipal, Bezerros ganhou forças e surgiu no cenário nacional. Os Papangus passaram a utilizar máscaras mais sofisticadas, confeccionadas em gesso e pintadas com tintas especiais. As fantasias e roupas luxuosas foram desenhadas com temas criativos, despontando aí os primeiros artistas plásticos do município.
          Com a evolução dos papangus, os artistas plásticos da região passavam a produzir, durante todo o ano, máscaras em diversos estilos para souvenirs, decorações e até exposições. Entretanto, apesar de toda essa modernização, as características tradicionais na confecção das máscaras com papel machê e nos comes e bebes - angu e caipirosca - continuam preservadas.

Mascaras 
Para entrar na dança é imprescindível que se tenha uma máscara. Fabricadas pelos artesãos locais, as máscaras são verdadeiras obras de arte confeccionadas como antigamente, com papel jornal e goma. Em diversos tamanhos, elas têm várias finalidades: adorno para o carnaval, objeto de decoração ou souvenirs oficiais do município. As máscaras mais elaboradas são confeccionadas com gesso.        
              


 Durante todo o ano, esse trabalho vem sendo incentivado pela      Prefeitura de Bezerros que oferece oficinas de máscaras de papel machê para crianças carentes. A iniciativa garante para elas uma fonte de renda, além de colaborar para a manutenção da tradição do papangu, uma manifestação cultural peculiar que atrai milhares de turistas para o município.                     

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