Historia dos Papangus
Os papangus do
carnaval de Bezerros, cidade do agreste de Pernambuco (107 quilômetros do
Recife) são uma tradição centenária.
Imagem dos PAPANGUS de bezerros em 1974!
Segundo o professor Ronaldo J. Souto Maior, fundador do Instituto
de Estudos Históricos, Arte e Folclore dos Bezerros, a origem dos
Papangus de Bezerros data de 1881: “o papa-angu nasceu de uma brincadeira de
familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados, mal vestidos, para
visitar amigos nas festas de entrudo – antigo carnaval do século dezenove –, e
comiam angu, comida típica do Nordeste (agreste) pernambucano. Por isso, as
crianças passaram a chamar os mascarados de papa-angu”*.
Há versões
populares sobre a origem desses personagens no carnaval de Bezerros. Uma, vem
de uma história muito antiga: dois irmãos que comiam muito angu
resolveram cortar as pernas das calças e cobrir o rosto com capuz para
não serem reconhecidos, mas o disfarce não funcionou. Foram descobertos pela
gula. Outra, é que, no século 19, os mascarados ganharam esse nome depois que
uma senhora resolveu preparar angu de xerém para alimentá-los.
A Folia do Papangu de Bezerros registra três fases importantes na
sua história, conhecidas como Papangu Antigo, Papangu Moderno
e Papangu Estilizado.
e Papangu Estilizado.
Os primeiros
papangus de Bezerros que se tem notícia eram chamados de Papangus Pobres porque
trajavam roupas velhas, rasgadas com remendos, meias nas mãos e máscaras
rústicas confeccionadas com papel jornal e
goma.
Com o tempo, a brincadeira foi mudando e a partir dos anos 60, as roupas
velhas foram substituídas por caftas - batas longas, estampadas com cores
luminosas. A partir de 1990, com o incentivo da Prefeitura Municipal, Bezerros
ganhou forças e surgiu no cenário nacional. Os Papangus passaram a utilizar
máscaras mais sofisticadas, confeccionadas em gesso e pintadas com tintas
especiais. As fantasias e roupas luxuosas foram desenhadas com temas criativos,
despontando aí os primeiros artistas plásticos do município.
Com a evolução dos papangus, os artistas plásticos da região passavam a produzir, durante todo o ano, máscaras em diversos estilos para souvenirs, decorações e até exposições. Entretanto, apesar de toda essa modernização, as características tradicionais na confecção das máscaras com papel machê e nos comes e bebes - angu e caipirosca - continuam preservadas.
Com a evolução dos papangus, os artistas plásticos da região passavam a produzir, durante todo o ano, máscaras em diversos estilos para souvenirs, decorações e até exposições. Entretanto, apesar de toda essa modernização, as características tradicionais na confecção das máscaras com papel machê e nos comes e bebes - angu e caipirosca - continuam preservadas.
Mascaras
Para entrar na dança é imprescindível que se tenha uma máscara.
Fabricadas pelos artesãos locais, as máscaras são verdadeiras obras de arte
confeccionadas como antigamente, com papel jornal e goma. Em diversos tamanhos,
elas têm várias finalidades: adorno para o carnaval, objeto de decoração ou
souvenirs oficiais do município. As máscaras mais elaboradas são confeccionadas
com gesso.
Durante todo o ano, esse trabalho vem sendo
incentivado pela Prefeitura de Bezerros que oferece oficinas de máscaras de
papel machê para crianças carentes. A iniciativa garante para elas uma fonte de
renda, além de colaborar para a manutenção da tradição do papangu, uma
manifestação cultural peculiar que atrai milhares de turistas para o município.
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